domingo, 7 de maio de 2017

QUESTÕES DISCURSIVAS - GRÉCIA E ROMA

(1ª Questão)
Considere este texto.

O termo Oligarquia foi cunhado na Grécia Antiga, local, por sinal, no qual surgiram vários dos termos que utilizamos no nosso vocabulário político de todos os dias. A Grécia, que é o berço da civilização ocidental, é também o berço dos referenciais políticos do Ocidente. No entanto, alguns dos termos utilizados naquela época possuíam significados ou valores diferenciados dos que utilizamos atualmente. https://t.dynad.net/pc/?dc=5550001580;ord=1487357036169
O termo Oligarquia significa governo de poucos. Na Grécia Antiga, ele era utilizado para fazer referência a regimes comandados por pessoas de alto poder aquisitivo, onde começou sua confusão com o governo de elites econômicas. Mas este é apenas um dos casos em que o termo pode ser aplicado. Na verdade, o termo correto para identificar o governo dos mais ricos é plutocracia. O governo de poucos, sugerido pela expressão Oligarquia, pode ser consequência de variados privilégios na sociedade, ou seja, distinções provenientes da nobreza, de laços familiares, de poder militar, de partidos políticos ou a própria riqueza.
(Disponível em: http://www.infoescola.com/politica/oligarquia/. Adaptado.)

Tendo em vista essa definição de “oligarquia” e refletindo sobre a cidade-estado de Esparta, utilize o texto para explicar se a mesma era ou não administrada por uma oligarquia – explicite, ainda, quem possuía os direitos políticos na cidade-estado de Esparta

(2ª Questão)
Leia, atentamente, os textos 1 e 2.

Texto 1

Mirem-se no exemplo daquelas
mulheres de Atenas.
Geram pros seus maridos os novos
filhos de Atenas.
Elas não têm gosto ou vontade,
Nem defeitos nem qualidades;
Têm medo apenas.
Não têm sonhos, só têm presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas*(sereias)
Morenas.

HOLANDA, Chico Buarque de; BOAL, Augusto. Trecho. Disponível em:https://www.vagalume.com.br/chico-buarque/mulheres-de-atenas.html. Acesso em fevereiro de 2017.


Texto 2

A democracia grega era privilégio de poucos, ou seja, altamente excludente, oposta ao sentido que empregamos hoje.
Para os historiadores, o apogeu da democracia ateniense ocorreu no governo de Péricles – que ocupou o cargo de estratego (general com poderes políticos sobre o governo da cidade) –, por isso, o século V a.C. é conhecido como o Século de Péricles.
Respeitando as leis da democracia ateniense, Péricles soube imprimir sua marca na política, que durante seu governo passou a ser fruto de uma reflexão calculada sobre o destino da polis.

Atenas é uma cidade-estado, conhecida por possuir, na antiguidade, um sistema democrático que teve seu apogeu durante o governo de Péricles.

Refletindo sobre o que foi estudado, elabore um texto explicando quem poderia ser considerado cidadão em Atenas após as reformas de Péricles– possuindo, assim, ampla participação na política. Diante do exposto, analise de forma crítica os textos 1 e 2 e indique se as mulheres estavam ou não inclusas nessa participação.

(3ª Questão)
Analise o texto a seguir.

O TEATRO CRÍTICO, A DESALIENAÇÃO E O TEMPO

Mais do que o espetáculo, o teatro é um agente social transformador que, ao negar o sempre igual da lógica do lucro da Sociedade Pós-Industrial, aponta novos rumos para a convivência social.
Teatro é um espaço real, vivo, atuando na dinâmica social; e suas consequências são evidentes no seu entorno.
Já disse aqui que acredito no Teatro Crítico, que deve estar sempre consciente dessa interferência direta que o teatro, como atividade, exerce em seu meio.
Um teatro verdadeiramente crítico deve desalienar-se.
Estar alienado significa não estar pleno em si. O trabalhador que não se reconhece no fruto de seu trabalho está alienado. E, portanto, não é pleno. A alienação está presente em quase todas as esferas da interpretação.
O Teatro Crítico é o lugar da desalienação; o espaço para nos libertar das amarras que nos encaixam em padrões sociais e que nos limitam a rótulos baratos. Somos uma multiplicidade de desejos e temores. O Teatro Crítico busca colocar todos no palco, para que homens e mulheres possam resgatar a si próprios.

CABRAL, Ivam. Disponível em: http://www.spescoladeteatro.org.br/noticias/ver.php?id=2430. Adaptado.

As colocações feitas por Ivam Cabral acerca do teatro em nossa sociedade relembram que este tem função que vai muito além do entretenimento. A perspectiva do autor retoma, portanto, a essência do teatro das antigas cidades gregas.
Tendo em vista a invenção do teatro na Grécia e levando em consideração que suas características são parecidas com as ideias defendidas pelo autor do texto, qual era a função das apresentações teatrais que ocorriam nas antigas cidades gregas? (2,0 pontos)


Luta de classes(4ª Questão)

Analise o texto a seguire baseie-se nele para responder as questões “a” e “b”.

 

LUTA DE CLASSES

 

A história humana está envolta em uma diversidade de conflitos em razão da condição material dos sujeitos: a luta de classes.

O gigantesco trabalho teórico do autor alemãoKarl Marxaborda uma infinidade de temas que ainda hoje são extremamente relevantes em nossos debates políticos e econômicos sobre os problemas que existem em nossas sociedades. Sua concepção de “classes sociais” e os conflitos que estão inerentemente ligados a elas possivelmente é uma das ideias mais amplamente difundidas e utilizadas quando o assunto tratado está relacionado com a vida social e as diferentes relações que possuímos nesse meio.

Entre os diversos conflitos que se instaurariam no meio social, Marx definiu aluta de classescomo a força motriz da história humana, o combustível da mudança do mundo social.


Disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/luta-classes.htm. Acesso em fevereiro de 2017.

a)    Ao analisar esse texto, entende-se que, para Marx, a luta de classes seria o fator que impulsiona as mudanças na história humana. Sendo assim, reflita sobre a História de Roma e explique os motivos por que aconteceram as lutas entre patrícios e plebeus, apontando suas consequências.

b)    Tendo em vista a história das lutas entre patrícios e plebeus em Roma, pode-se analisar de maneira positiva a defesa de Marx de que as lutas de classe movimentam a História? Por quê? (0,5 pontos)



(5ª Questão)
Para responder a esta questão, considere o texto a seguir.
FUTEBOL E REGIMES MILITARES

Em 1970, o Brasil ainda vivia sob a ditadura do regime militar, instaurado em 1964. O presidente era o general Emílio Garrastazu Médici (Arena), que governou o país de 1969 a 1974. Médici era da "linha dura", a ala mais radical dos militares. Seu governo foi, talvez, o mais repressivo da história política do Brasil, resultando na morte e tortura de centenas de oposicionistas, acusados ou suspeitos de "subversão".
Além da tortura e da repressão, o governo Médici usou a propaganda como arma política. O presidente Médici era apresentado como um "homem do povo" e "apaixonado por futebol". A vitória da seleção brasileira sobre a seleção italiana por 4 a 1, na final, foi bastante explorada pela propaganda do governo Médici em slogans do tipo "Ninguém segura este país" ou "Brasil; ame-o ou deixe-o".

Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/futebol-e-regimes-militares-o-futebol-nas-ditaduras-brasileira-e-argentina.htm. Acesso em fevereiro de 2017.

A prática política de utilizar meios de entretenimento para distrair o povo dos problemas de um estado é questão antiga na história humana. Reflita acerca dessas informações e explique em que consistia a Política de pão e circo, adotada em Roma.



(6ª Questão)
Ao analisarmos os modelos de escravidão já existentes em Roma e no Brasil, encontramos algumas semelhanças, como as citadas a seguir:

Em ambos, a escravidão era uma forma de trabalho compulsório na qual os escravos ficavam sujeitos a um senhor. Os escravos eram igualmente utilizados para trabalhos domésticos ou outras atividades ligadas à produção ou prestação de serviços. Eram igualmente objeto de um importante comércio, de tal forma que, tanto na Roma Antiga como no Brasil Colonial pode-se afirmar a existência de um mercado de escravos. Ainda sob determinadas circunstâncias, os escravos poderiam dispor de recursos próprios e, com os mesmos, poder comprar a sua alforria. Tanto na Roma Antiga como no Brasil Colonial, existiram formas variadas de resistência à escravidão, entre as quais revoltas de escravos como a de Espártaco, na Roma Antiga, e a do Quilombo dos Palmares, no Brasil Colonial.


Apesar das semelhanças apontadas em Roma, a escravidão não se baseava no desenvolvimento de uma civilização e na cor da pele do indivíduo, como ocorrido no Brasil colônia. Assim, descreva a maneira pela qual o indivíduo se tornava escravo em Roma na época da implantação da República Romana.

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