domingo, 9 de novembro de 2014

ROMA ANTIGA PARTE I - A FORMAÇÃO E A MONARQUIA

A formação da Roma antiga

ü  Localização geográfica: Península Itálica (Rio Tibre)

a)    Origem Histórica:
ü  Séc. X a.C.  – italiotas (povos de origem indo-europeia) ocuparam a região centro-norte da península. Eles se dividiam em diversos grupos ou tribos, como os sabinos, os latinos.
ü  Ao norte viviam, na Etrúria, habitavam os etruscos, que constantemente atacavam as aldeias das tribos italiotas.
ü  Séc. VIII a.C. – Latinos se uniram e construíram uma fortificação para se defender de ataques dos Etruscos.
b)   Origem Lendária:
Lenda de Rômulo e Remo (gêmeos que foram amamentados por uma loba)

Diz a lenda que quando Tróia caiu, o príncipe troiano Enéias conseguiu salvar-se. Após uma longa peregrinação, chegou ao Lácio. O filho de Enéias fundou a cidade de Alba Longa. Os descendentes de Enéias reinavam em Alba. Um deles, foi Numitor, que tinha uma filha Réia Silvia. Silvia foi seduzida pelo deus grego Ares (para os romanos Marte) ficando então grávida de gêmios.

Numitor tinha um irmão, Amúlio. Este desejava o trono de Alba Longa deu um golpe de estado, apoderou-se da coroa e fez Numitor seu prisioneiro. Réia Sílvia foi entregue ao colégio de Vestais. Amúlio ao saber que Sílvia teria dado a luz a gêmeos, para que Numitor não tivesse descendentes, colocou as crianças em um cesto e os lançou no rio Tibre. A correnteza jogou o cesto para a margem. Os dois irmãos foram salvos por uma loba enviada por Marte, que os amamentou e os protegeu.

Os dois irmãos foram achados pelo pastor Fáustulo, ele os recolheu, deu-lhes os nomes de Rômulo e Remo e confiou-os a Aca Larência, sua esposa. Já adulto, Remo envolveu-se numa rixa com alguns pastores, foi preso e conduzido a Amúlio. Informado por Fáustulo das circunstâncias do seu nascimento, Rómulo dirigiu-se ao palácio e libertou o irmão. A seguir, matou Amúlio, restabelecendo no trono a seu avô Numitor.

Numitor, agradecido, deu-lhes o direito para fundar uma cidade às margens do Tibre. Para saberem o local onde seria mais propícia a sua edificação, seguiram os presságios, como era de costume na época. Remo dirigiu-se ao Aventino e viu seis abutres sobrevoarem o monte. Indo até o Palatino, Rômulo viu doze aves. Então, Favorecido pelos augúrios, Rômulo fez um sulco em volta da colina, demarcando o pomerium, recinto sagrado da nova cidade. Enciumado por não ter sido escolhido pelos presságios, Remo escarneceu do irmão, afirmando que o local era mal protegido; num salto, atravessou o sulco. Os dois se lançaram em um briga e Remo foi morto por Rômulo, que o enterrou sob o Aventino.

Após a fundação da cidade, Rómulo preocupou-se em povoá-la. Criou um Capitólio para refúgio de todos os banidos, devedores e assassinos da redondeza. Como faltavam mulheres, durante uma festa, os novos habitantes raptaram todas as jovens do povo vizinho, os sabinos. Estes, reunidos sob o comando de Tito Tácio, atacaram Roma. Com a ajuda de Tarpéia, conseguiram penetrar no Capitólio. Entretanto, graças à intervenção pacificadora das mulheres, romanos e sabinos assinaram um tratado de paz. Tito Tácio e Rómulo passaram a governar em conjunto. Depois da morte de Tito Tácio, Rómulo reinou sozinho durante 33 anos.

A influência etrusca e grega
É certo que os etruscos influenciaram muitos costumes romanos e chegaram a dominar Roma durante vários anos.
ü  Hábito de vestir túnica,
ü  A prática religiosa de interpretar a vontade divina pela observação das vísceras de animais
ü  Culto a Júpiter (deus romano do dia, comumente identificado com o deus grego Zeus) e Minerva (deusa romana das artes e da sabedoria, correspondente à grega Atena).
ü  Roma cresceu com a presença dos etruscos: o comércio aumentou, canais de drenagem foram construídos para secar os pântanos nas planícies e a área onde ficava o fórum tornou-se o centro da cidade, local de mercado e de assembleias políticas.

I.              MONÁRQUIA (753 A.C. - 509 A.C.)

Organização Social
Nesse período, a sociedade romana dividia-se basicamente em quatro grandes grupos:

a)    PATRÍCIOS
(do latim patres, pais, chefes de família) consideravam-se descendentes dos fundadores de Roma. E, assim, justificavam o fato de se-rem os únicos a possuir todos os direitos políticos. Formavam a aristocracia, eram os mais ricos, possuíam a maior parte do gado e das terras e ocupavam altos postos no exército.

b)   PLEBEUS
(de plebes, multidão) formavam a maioria da população. Pobres, viviam como camponeses, artesãos, comerciantes, faziam parte do exército romano em épocas de guera e, geralmente, trabalhavam para os patrícios. Alguns plebeus eram pequenos proprietários de terra. A maioria dos plebeus era livre, mas sem direitos políticos, o que os impedia de participar do governo da cidade. Mesmo quando enriqueciam, continuavam sem ter o direito de participar das decisões que envolviam a vida de Roma. Muitos plebeus eram convocados para a guerra em plena época de plantio e colheita. Quando voltavam, viam-se obrigados a contrair empréstimos, usando sua propriedade como garantia (hipoteca). Quando não conseguiam pagar as dívidas, perdiam a propriedade e a liberdade, tornando-se escravos.

c)    CLIENTES
Grupo intermediário entre os patrícios e os plebeus –, que eram servidores ou protegidos dos nobres. Esse grupo era constituído, em geral, por pessoas pobres, escravos libertos, estrangeiros que enriqueceram por meio do comércio, ou por filhos ilegítimos, que dependiam da proteção de um patrício para sobreviver.

d)   ESCRAVOS
 A maioria da população escrava era composta de indivíduos vencidos em guerra. Não possuíam nenhum direito, eram considerados instrumentos de trabalho e recebiam castigos pesados.

Organização Política:
a)    O REI
Concentrava o poder, acumulando várias funções. Além dele, a cidade era administrada pelo

b)   SENADO
Instituição formada por representantes das famílias mais importantes de Roma. O Senado era responsável pela escolha do rei, preparava uma lista de três candidatos e a apresentava à Assembleia das Cúrias

c)    ASSEMBLEIA DAS CÚRIAS
A Comitia Curiata compunha-se de cidadãos agrupados em cúrias. Todas integradas por guerreiros com até 45 anos. Função era Eleger altos funcionários, Aprovar ou rejeitar leis e Aclamar o rei. No entanto, os poderes eram limitados: devia ouvir a opinião do Senado em todas as questões relativas à cidade e também dependia das assembleias para garantir seu poder.

O fim da Monarquia em Roma

No final do século VI a.C, os reis etruscos foram responsáveis por vários problemas: desrespeito as tradições romanas, entre elas o respeito às decisões do Senado; eram extremamente autoritários, o que dificultava sua relação com os aristocratas de Roma; além disso, viram seu poder enfraquecer devido às frequentes guerras. Tal situação favoreceu a oposição e o levante dos patrícios, que acabaram por expulsar os etruscos em 509 a.C., no governo de Tarquínio Soberbo, dando início ao período da história romana conhecido como República.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Projeto Teláris: história 6° ano. São Paulo: Ática, 1º ed., 2012.

 CAPELLARI, Marcos Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.

COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005.

Projeto Araribá: História – 6º ano. /Obra coletiva/ São Paulo: Editora Moderna, 2010. Editora Responsável: Maria Raquel Apolinário Melani.

Uno: Sistema de Ensino – História – 6º ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável: Angélica Pizzutto Pozzani.

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