terça-feira, 5 de dezembro de 2017

MODERNIDADE LÍQUIDA

ZYGMUNT BAUMAN (1925-2017)
Ø  Sociólogo polonês

I.                    Obra:
“A modernidade líquida”

II.                  Ideias centrais:
Ø  Analisa o mundo pós guerras mundiais.
Ø  Princípios, valores, crenças, regras que orientavam os indivíduos, antes concretos, se dissolveram e foram desconstruídos, sendo substituídos por um sentimento de incerteza e inconsistência.
Ø  Como um líquido, princípios, valores, crenças, regras que orientavam as sociedades se escorrem e evaporam.
Ø  O imediatismo supera o longo prazo, as relações se tornam superficiais e artificiais (indivíduo fruto da mídia de massa, mercado e do consumo tudo é aparência).

Sujeito líquido – indivíduo não tem e não mais segue princípios e valores concretos.  As relações sociais se liquefazem, marcadas pela superficialidade. Laços sociais não são sólidos (ex. redes sociais).

Amor líquido – relações frágeis e voláteis (vazio das relações). O que vale é a quantidade de parceiros e não a qualidade do relacionamento ou sua profundidade. Enxerga-se a “vantagem” em  poder romper relacionamentos sem prejuízos ou custos (ficar).
Ø  O sujeito se torna uma mercadoria na prateleira ser consumido e descartado quando assim necessário for.
Ø  Sentimentos de frustração, insegurança e angústia são muito mais comuns.
Ø  Bauman expande esse raciocínio de mundo líquido para vários domínios sociais: trabalho exige pessoas flexíveis (redução de direitos trabalhistas)

“Medo Líquido”
Para Bauman, há três formas do medo afligir as pessoas em nossa sociedade líquida:
1) pelo medo de não conseguir garantir o futuro, de não conseguir trabalhar ou ter qualquer tipo de sustento,
2) pelo medo de não conseguir se fixar na estrutura social, que significa, basicamente, o medo de perder a posição que se ocupa, de cair para posições vulneráveis;
3) o medo em torno da integridade física.


Ao tentar vencer esses medos e buscar alguma solides dos valores algumas pessoas adotam um discurso autoritário, fundamentalista e reacionário (ultra nacionalismo, xenofobismo, são reflexo dessa insegurança social a exemplo de movimentos neonazistas e neofascistas). 

REFERÊNCIAS:

GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: Ed. da Unesp, 1991.

Sociologia hoje: volume único: ensino médio / Igor José de Renó Machado… [et al.]. – 1. ed. – São Paulo : Ática, 2013.

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