quarta-feira, 6 de setembro de 2017

IMPERIALISMO (SÉC. XIX E XX)

Prof. Douglas Barraqui

1.1  IMPERIALISMO NA ÁFRICA

A)     ÚNICAS REGIÕES AUTÔNOMAS:
I.        Libéria: Comprada pelos EUA. “Depósito” de escravos libertos.
II.      Abissínia (atual Etiópia): relevo montanhoso e tradição cultural guerreira do povo que dificultou a dominação.


B)      ANTES DA CONFERÊNCIA DE BERLIM:
I.                    Norte: dominação e influencia da França de Napoleão III (Argélia, Tunísia, Senegal e Congo. Franceses e Ingleses associados construíram o canal de Suez (1869) ligando o Mar Vermelho ao Mediterrâneo.
II.                  Sul: dominação e área de influência inglesa (Região do Cabo, Transvaal e Orange) regiões ricas em ouro e pedras preciosas.

C)      CONFERÊNCIA DE BERLIM (1885)
Significou a formalização da partilha da África delimitando regras e acordos. Otto Von Bismarck, chanceler alemão, liderou as negociações e mediações.
OBS.: Guerra dos Bôeres (1899-1902) – Conflito entre Holandeses e Ingleses pelo domínio da região. A vitória inglesa garantiu a criação da União Sul-Africana (Região do Cabo, Transvaal,  Orange e Natal).


D)     CONSEQUÊNCIAS:
Ø  A disputa entre as grandes potências européias vai gerar conflitos e disparidades entre as nações.
Ø  Políticas segregacionistas foram implementadas em várias regiões (apartheid – África do Sul).
Ø  A partilha da África desrespeitou limites territoriais tribais, colocando tribos rivais dentro de um mesmo território, o que desencadeou vários conflitos internos.

1.2  IMPERIALISMO NA ÁSIA


A)     ÍNDIA:

Ø  Interesse inglês desde a vitória na Guerra dos Sete Anos (1756-1763)
OBS.: Revolta dos Cipaios (1857-1859) – Revolta dos indianos contra a presença e interferência inglesa na economia.
Exigia o fim da dominação inglesa.
1859 – Governo indiano sufocou a revolta.

I.                    Consequências:
ü  Não trouxe grandes mudanças em termos de aspectos da cultura indiana: a sociedade continuou dividida em sistemas de castas (posições sociais determinadas por nascimento).
ü  Gerou desemprego e pobreza.
ü  Êxodo rural (cidades portuárias)

B)      CHINA:
Ø  Comerciantes ingleses controlavam o comércio: contrabandeavam ópio (droga extraída da papoula, extremamente viciante) e recebiam produtos chineses (seda, porcelana e arroz).
Ø  O vício no ópio trouxe sérios problemas sociais. O que gerou reação do governo chinês da dinastia Manchu.

OBS.: Guerra do Ópio (1840-1842): começou após governo chinês apreender e destruir caixas de ópio contrabandeadas pelos ingleses. Com a vitória inglesa a China foi obrigada a assinar o Tratado de Nanquim (1842): china abriria cinco de seus portos às potencias imperialistas; Ilha de Hong Kong foi passada para o controle inglês (só devolvida em 1997).

Ø  EUA – defenderam a política de portas abertas (Open Door): China deveria estar aberta a todas as nações que quisessem vender seus produtos.
Guerra dos Boxers (1900): Lutadores de artes marciais contra a dominação cultura, religiosa e econômica.  Atacavam missões religiosas e diplomáticas. Grande coligação militar entre franceses, ingleses, alemães, russos, japoneses e norte americanos sufocou a revolta. 

I.                    Consequências:
ü  Dominação política e econômica;
ü  Grande número de dependentes do ópio.
ü  Influência ocidental na cultura chinesa.

C)      JAPÃO:
Ø  SÉC. XIX – Regime de Xogunato (semi-feudal). Imperador Micado não tinha força política.
Ø  1854 – EUA força os japoneses abrirem seus portos aos produtos norte americanos.
Ø  1868 – Guerra Civil derrubou o Xogunato – Início da era Meiji (poder centralizado nas mãos do imperador).
OBS.: Guerra Russo-Japonesa (1904): Influenciada pelos EUA que pretendia barrar o avanço dos interesses dos russos no Japão (a derrota da Rússia contribuiu para crise do regime czarista).
Ø  Após a guerra Japão se torna uma potencia imperialista. Realiza intervenções na China.
OBS.: Guerra Sino-Japonesa (1894-1895):  Disputa entre Japão e China pela região da Manchúria (rica em minério de ferro). Japão saiu vitorioso do conflito. China foi obrigada a entregar a Ilha de Formosa (atual Taiwan) e a aceitar independência da Coreia.

I.                    Consequências:
ü  Promoveu investimentos em educação.
ü  Modernização das redes de transporte.
ü  Modernização do exército.
ü  Desenvolvimento das Zaibatsus (conglomerados industriais).

1.3  IMPERIALISMO NA AMÉRICA
Ø  Marcha para oeste
Ø  Doutrina Monroe (1823)
Ø  Corolário de Theodore Roosevelt (1901)

A)     CASO DE CUBA:
Ø  A Ilha caribenha eram uma colônia espanhola, grande produtora de açúcar e tabaco.
OBS.: Guerra Hispano-Americana (1898) – após navio americano ser queimado e afundado no porto de Havana em Cuba. A guerra terminou com a derrota da já enfraquecida Espanha que foi obrigada a assinar o tratado de Paris (1898): reconhecimento da independência de Cuba, e do domínio norte americano em Porto Rico e nas Filipinas.


Ø  1902 – Emenda Platt – incorporada a constituição cubana dava o direito aos EUA de intervir militarmente em Cuba; direito as empresas americanas de explorar recursos naturais do país e a construção da base militar de Guantánamo. 

REFERÊNCIAS:

AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. Projeto Teláris: história 9° ano. São Paulo: Ática, 1º ed., 2012.

CAPELLARI, Marcos Alexandre; NOGUEIRA, Fausto Henrique Gomes. História: ser protagonista - Volume único. Ensino Médio. 1ª Ed. São Paulo: SM. 2010.

COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005.

MOZER, Sônia & TELLES, Vera. Descobrindo a História. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudico. História & Vida Integrada. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

Projeto Araribá: História – 9° ano. /Obra coletiva/ São Paulo: Editora Moderna, 2010. Editora Responsável: Maria Raquel Apolinário Melani.

Uno: Sistema de Ensino – História – 9° ano. São Paulo: Grupo Santillana, 2011. Editor Responsável: Angélica Pizzutto Pozzani.

VICENTINO, Cláudio. Viver a História: Ensino Fundamental. São Paulo: Ed. Scipione, 2002.

VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. Vol. Único. 1 Ed. São Paulo, Ed. Scipione, 2010.